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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A disciplina exigida pelo Chicote ou Açoite


A carta dos Chicotes ou Açoite está frequentemente relacionada a brigas, discussões, conflitos, magia, poder, liderança, domínio e hoje, quero abordar o aspecto da DISCIPLINA que com frequência tenho observado em meus atendimentos.

Desde muito pequenos somos ensinados a ter disciplina para nosso bem estar físico, mental, emocional e em alguns casos, espiritual. Escovar os dentes sempre depois das refeições, o banho diário, a boa educação, cuidados com alimentação, cumprir horários da escola, das festas, compromissos sociais, fazer uma oração ao deitar-se. Tudo isso para evitar a vinda dos chicotes, a repressão, certo?  Ou seriam esses atos, impostos pela disciplina, a própria ação dos chicotes? Observaremos ambos os ângulos.

O hábito gera a disciplina e muitas vezes nos habituamos facilmente a elas. Algumas vezes fazemos por obrigação, contrariados, como a criança que “pegamos no pé” para que escove os dentes regiamente.

Uma das facetas da carta dos Chicotes ou Açoite é o fator DISCIPLINAR. Algo que a princípio nos parece pesado, um sacrifício, mas que se faz necessário para gerar hábitos saudáveis.
É comum a carta surgir em uma leitura quando se trata de algo que o cliente está deixando de fazer por falta de comprometimento com a disciplina, desleixo ou por capricho. Por exemplo, quando o médico recomenda uma alimentação equilibrada e deixamos de lado para comer o que nos agrada, com rebeldia, sem nos importar com as ordens e orientações dadas. O consulente sente a obrigação da dieta, como uma punição: não posso comer o que quero. 

Por outro lado, as chicotadas iniciais são extremamente necessárias até que, com determinada frequência, os atos repetitivos, na base do açoite, se tornem hábitos saudáveis, trazendo melhorias e bem estar. O início de atividades físicas para quem é regido pelo ar, pode ser difícil, penoso, porém, não se pode deixar de lado o elemento terra, o corpo, a matéria. O conjunto em equilíbrio é fundamental. É preciso dar o primeiro passo.

Quem gosta de ser corrigido? Quem quer se corrigir?

Citei o exemplo da alimentação, mas diversos são os casos em que devemos suportar a dor dos chicotes da disciplina:

- Deixar a dependência emocional do outro.

- Zelar pelo equilíbrio físico, emocional, mental e espiritual.

- Dominar o ego. Não nos esqueçamos que os chicotes também remetem ao domínio.

- Abandonar um vício, seja de ordem química, ou emocional.

- Persistir em novos projetos, seja de estudos, trabalho. Não esmorecer nos primeiros desafios.

- Libertar-se do autoflagelo e das chicotadas que por vezes nos damos, quando dizemos SIM ao mundo para agradar o outro, ou por medo de ser rejeitado. Seguir a própria essência, o chamado da alma é o que faz a vida ter sentido real.
Os chicotes ao lado da carta da Estrela indicam grande batalha interna com o EGO, o brilhantismo exacerbado do consulente. Quando se trata de uma situação em que o cliente deseja saber o porquê do fracasso em determinada relação ou projeto, achamos aí a chave para orientá-lo. O autoflagelo pelo ego.

As Nuvens e o Chicote podem relatar a personalidade de uma pessoa extremamente insegura, que ao primeiro sinal de incerteza, se coloca em desespero, e entra na sessão das chicotadas programadas:

Come demais, compra demais, se culpa demais, se reprova demais, etc.

Nem sempre as chicotadas partem do outro, muitas vezes, nós somos nossos maiores agressores, entramos em conflito com nosso querer, nossa essência nos maltratando.

Os chicotes devem ser utilizados sim, como o bom pai que leva o filho a contragosto para o dentista, ou para vaciná-lo, sabendo que a dor será passageira e o fruto da dor resultará no bem maior.

Os outros brigam com você ou é você quem está de mal com o mundo?

Paz profunda.

Carinah Ruiz.
Guarulhos, 29/10/2013.




sábado, 26 de outubro de 2013

Cobra x Raposa - Baralho Cigano


Tanto a raposa quanto a cobra podem ser mocinhas ou vilãs. A visão do cartomante em relação às cartas dependerá da pergunta feita ao baralho e da situação envolvida.

Em uma negociação, a raposa manda muito bem. É astuta, sabe argumentar e tem muita consciência de cada passo necessário para chegar ao resultado almejado.

Já a serpente, com sua flexibilidade, vai contornando as dificuldades e pensando em proteger seus interesses, sempre com medo de sofrer algum ataque inesperado. É egoísta. E nem sempre ser egoísta é ruim. Por quê? Se eu não defendo meus ideais e meus interesses, quem fará isso por mim? Todos, precisamos do lado serpente para preservamos nossa própria identidade, nossa essência, nosso ser, sem interferências do meio que dita regras de certo ou errado.

A cobra age muito mais por instinto, ela quer sobreviver e não mede consequências para isso. Qualquer pessoa que lhe represente algum perigo, perigo esse que nem sempre é real, pois, a cobra tende a ver perigo em tudo que se aproxime demais dela. Neste ponto é preciso SABEDORIA, o que a carta nos pede também. Não agir por impulsos baseados em vingança, inveja, sentimentos inferiores que só criam situações desgastantes, e nos tiram a paz.

Quando me deparo com a cobra em uma leitura, ela sempre me traz o seguinte aviso: cuidado com os sentimentos que você está nutrindo por alguém e compreenda que cada um tem seu próprio espaço no mundo. Sair dos padrões de pensamento do ego que trazem sempre o medo: medo de perder, medo de ser rejeitado, medo de ser “engolido” pelo mundo, medo de não ser bom o bastante, medo inclusive de SI MESMO.  A cobra pode trazer a auto-sabotagem inconsciente. Cautela com a necessidade de aprovação do mundo. Se nós estamos ao nosso lado, em paz com o que somos,  ninguém representará perigo algum. Um coração e mente em paz, enxergará beleza em todas as aldeias. Inveja, traições, “puxadas de tapete” ocorrerá com maior frequência quando gerarmos energia para isso. Nada é por acaso. Para toda ação há uma reação, ou seja, não somos vítimas da vida. De algum modo a vida nos coloca as pessoas certas para nosso aprendizado e evolução. A serpente é sedutora, usa todo seu potencial para nos convencer. Tudo é permitido, mas, nem tudo é conveniente. Antes de ser traído, nos traímos em uma primeira etapa, deixando de lado nossas vontades e valores.

Aquele sonho que você tem, ou algo que deseja muito, sempre que está prestes a realizar e algo dá errado. Por quê? Será que no seu inconsciente não tem uma serpente, dizendo: você não merece,  você não conseguirá dar conta do recado, você não, você não, você não...

Saia do outro e venha para a sua essência. Não espere que o outro seja como você “acha melhor”, porque cada um é o que é. Das diferenças nasce o novo. Não é preciso dar o bote para ter seu caminho livre. Desvie do que não lhe traz alegria, bem estar ou segurança e siga em frente. 

Com o arcano da raposa penso logo em manipulação, oportunismo e perspicácia. Para mim, ela é muito inteligente. Esteja em alerta com as pessoas que convivem com você. O que você está fazendo por amor, por vontade própria? O que você está fazendo porque o outro quer, ou de alguma maneira te faz sentir na obrigação de fazer? De que maneira você age para conquistar seus objetivos? Está em paz os meios que utiliza ou com a maneira que age? A raposa pode nos trazer sentimentos de CULPA, já que ela é manipuladora e cria situações que nos amarram. A raposa é manipuladora.

Lembre-se, culpa é o sentimento que nos acomete quando não fazemos o que a outra pessoa acha certo ou ideal. Se não ficarmos em alerta com a raposa, ela cria situações que nos fazem sentir culpa, quando na verdade, ela provocou a situação.

Cobra ou raposa o importante é perceber que para atingirmos nossos objetivos e sermos felizes o primeiro passo é olhar para si mesmo e analisar como estamos enxergando o mundo e as pessoas que nos rodeiam.
De raposa e cobra todos nós temos um pouco, um pouco necessário para que haja paz e conservação, ademais é desperdiçar tempo com ilusões e devaneios da mente humana que mente. A natureza em si, caminha em perfeito equilíbrio, como digo sempre, é o mais importante livro de sabedoria que temos a disposição sem custo algum. Observar a natureza é aprender, porque nela, tudo também é divino.


Carinah Ruiz.
Guarulhos, 26/10/2013.